As colunas de fumaça vistas na TV nos últimos não são na Faixa de Gaza, mas no Rio de Janeiro. Uma possível guerra civil se desenha no país?
O Rio de Janeiro continua lindo? Alô alô Realengo, aquele abraço.
Aos fatos. Criminosos colocaram fogo em trinta e cinco ônibus e em um trem na zona oeste da cidade em um dia marcado por ataques violentos em represália a uma operação policial que resultou na morte de um dos chefes da milícia carioca.
Trata-se, na verdade, de uma questão que transcende ao Rio de Janeiro. O problema é nacional. Entra governo e sai governo, o que se vê é uma crise crônica, hoje com a disputa entre o narcotráfico e os milicianos. Para onde vamos?
Aqui também se vive um conflito, podemos dizer. O país segue enfrentando não somente no Rio, como também em outros estados como São Paulo, Bahia e Ceará diversas frentes de batalha, com a morte quase diária de inocentes. Ou seja, o problema é maior, e mais complexo.
O uso da Força Nacional já foi solicitado pelo governador fluminense Cláudio Castro (PL) e uma intervenção federal não está descartada.
O ministério da Justiça, na figura do ministro Flávio Dino (PSB/MA), potencial candidato ao Supremo Tribunal Federal (STF), é personagem central e se torna um nome fundamental no debate. Resta saber se o Planalto saberá responder às demandas da sociedade com a urgência que se necessita.
Enfim, há um desejo do país em resolver a questão da violência no país. O Rio de Janeiro é um exemplo, mas não só. O país é maior.
André Pereira César
Cientista Político