Segunda-feira, 28 de novembro. Passado o segundo jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo de futebol, com apertada vitória do escrete canarinho sobre o “ferrolho suíço”, as atenções se voltam novamente para Brasília. No processo de transição ora em curso, algumas questões (de curto, médio ou longo prazos) aguardam respostas.
. O eventual anúncio do futuro ministro da Fazenda acalmará os mercados ou não será suficiente para aplacar a tensão atual?
. O eventual anúncio do futuro ministro da Defesa acalmará os militares ou a caserna manterá o ambiente de incertezas?
. Conseguirá o presidente eleito estabelecer pontes sólidas com setores mais alinhados ao bolsonarismo, como os evangélicos e o agronegócio?
. Conseguirá Lula montar um ministério minimamente equilibrado, atendendo a contento aos interesses das diferentes forças políticas que o apoiaram durante o processo sucessório?
. Conseguirá o futuro governo montar uma base parlamentar minimamente sólida, tendo em vista o poder de fogo e a resistência de parte dos parlamentares do Centrão em aderir ao novo governo?
. A agenda governista avançará em bloco no Congresso Nacional ou serão necessárias negociações ponto a ponto com deputados e senadores?
. Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin manterão a harmonia e a cordialidade mútua registradas até agora ao longo dos próximos quatro anos?
. Conseguirá o presidente eleito manter uma boa relação com os governadores, muitos deles em tese não alinhados ao petista?
. Por fim, conseguirá o presidente eleito reestabelecer o diálogo dentro da sociedade brasileira, hoje claramente dividida em dois polos antagônicos?
André Pereira César
Cientista Político
