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. O Ipec (ex-Ibope) divulgou na noite de segunda-feira, 12 de setembro, os resultados da mais recente pesquisa sobre a sucessão presidencial. O trabalho de campo ocorreu entre os dias 9 e 11 de setembro.
. De acordo com o levantamento, o ex-presidente Lula (PT) oscilou dois pontos para cima e tem agora 46% das intenções de voto, dentro da margem de erro. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) manteve os 31% da pesquisa anterior.
. Em relação ao segundo pelotão, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) registra 7% das citações, um ponto abaixo do último levantamento. A senadora Simone Tebet (MDB), por sua vez, tem os mesmos 4%.
. Na simulação de segundo turno entre os dois principais candidatos, o petista venceria por 52% a 36%.
. O bom desempenho de Lula é em parte explicado pelos índices de rejeição. Segundo a pesquisa, 35% dos eleitores não votariam nele em hipótese alguma, contra expressivos 50% do titular do Planalto. Hoje, o teto de Bolsonaro é baixo.
. Ciro tem rejeição de 17% e Tebet, de 7%. Em tese, teriam espaço para ser explorado, mas suas candidaturas não ganham tração - e o tempo de campanha é curto.
. Lula tem mais força na região Nordeste (61%), entre famílias com até um salário mínimo de renda (55%) e entre católicos (52%).
. Bolsonaro se destaca na região Sul (41%), entre homens (36%) e evangélicos (48%).
. Em resumo, ainda não se pode afirmar com certeza se a disputa será definida no primeiro turno ou se será necessária uma rodada suplementar, no final de outubro. De todo modo, os números não são bons para Bolsonaro - os efeitos das medidas implementadas pelo governo, como os auxílios e a redução dos preços dos combustíveis, parecem ter se esgotado. O comando de campanha do presidente precisa revisar suas estratégias com urgência.
André Pereira César
Cientista Político