IBOPE NÃO É RUIM PARA ALCKMIN PORQUE CANDIDATURA DE LULA E BOLSONARO SÃO MAIS FRÁGEIS - Hold

IBOPE NÃO É RUIM PARA ALCKMIN PORQUE CANDIDATURA DE LULA E BOLSONARO SÃO MAIS FRÁGEIS

São Paulo, 25/04/2018 - Apesar de não ter assegurado a dianteira da intenção de votos nem no Estado que governou por três vezes, o pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) pode ter um ponto a comemorar: ele se beneficia do fato de que as outras duas candidaturas que compõem o "primeiro pelotão" da pesquisa Ibope em São Paulo, a do ex-presidente Lula (PT) e do deputado Jair Bolsonaro (PSL), têm fragilidades maiores. A opinião é do analista político da Hold Assessoria Legislativa, André César.

"Não foi um resultado ruim, considerando que Lula não deve ser candidato por causa da Ficha Limpa e que Bolsonaro é um candidato fantasma, tem um teto bem claro", disse o cientista político. Por outro lado, "Alckmin teria outras preocupações a resolver", continuou o analista, lembrando que o tucano enfrenta desconfiança dentro de seu próprio partido, com integrantes da legenda aventando possíveis substitutos, entre eles o do ex-prefeito João Doria e do senador Tasso Jereissati (CE).

Segundo o levantamento do Ibope feito apenas com eleitores paulistas, divulgado na noite de ontem, Lula lidera com até 22% das intenções de voto, seguido de Bolsonaro e Alckmin, que pontuam entre 12% e 14%. Sem o ex-presidente, o deputado fluminense lidera em um dos cenários com vantagem dentro da margem de erro, 16% contra 15% de Alckmin. Já um segundo cenário mostra os dois empatados com 15%. Marina Silva (Rede) é o nome que mais de perto segue esse grupo, com entre 9% e 12% das intenções.

Sobre Bolsonaro, César acredita que o deputado perdeu potencial de crescimento após a condenação, em segunda instância de Lula, o que tirou o elemento com o qual ele conseguia polarizar. Já o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal STF), Joaquim Barbosa (PSB), que apareceu com 8% a 10% das intenções de voto, se beneficia do status de "novidade", mas vai ter dificuldade para alimentar o entusiasmo inicial com sua candidatura.

"O que deve acontecer quando colocarmos o Barbosa num debate e o Ciro Gomes (PDT) e o Bolsonaro começarem a provocá-lo?", questionou, em alusão ao comportamento intempestivo que o ex-ministro mostrou em determinados momentos no STF. Outro fator que pode afastar o eleitor, principalmente o da elite, é que pouco se sabe sobre o que pensa Barbosa em temas importantes, como a economia ou as reformas. (Marcelo Osakabe - marcelo.osakabe@estadao.com)

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