Reflexões iniciais sobre a sucessão em Belém - Eleições Municipais - Hold

Reflexões iniciais sobre a sucessão em Belém

A capital paraense exerce influência política e econômica não somente na Região Norte, como em todo o país. Repetindo o ocorrido em eleições anteriores, o pleito será muito disputado, com representantes de todo o espectro político-ideológico. O atual prefeito, Zenaldo Coutinho (PSDB), está fora do páreo por encerrar seu segundo mandato.

Na esquerda, a novidade está no PT, que pela primeira vez não lançará cabeça de chapa. O partido deve apoiar o deputado federal e ex-prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL). A vice deverá ser a petista Ivanise Coelho. Rodrigues é político aguerrido e, por vezes, chega a confrontar de frente seus adversários. Sua chapa tem boas chances de chegar ao segundo turno. A coligação conta ainda com o PDT e a Rede.

Também na esquerda, o PSTU bancará o nome do ex-vereador Cléber Rabelo, na tentativa de marcar posição na disputa e conquistar alguma cadeira na Câmara Municipal.

Mais ao centro, o PSB aposta no deputado federal Cássio Andrade, parlamentar de perfil discreto. Advogado e empresário, ele ainda busca um vice.

O PSDB lançaria o ex-governador Simão Jatene, mas esse retirou sua pré-candidatura. Agora, disputam internamente o deputado federal Celso Sabino e o deputado estadual Vitor Dias. Sabino, porém, enfrenta processo dentro do próprio PSDB, o que pode inviabilizar sua candidatura. O partido está rachado em Belém.

O veterano deputado federal José Priante (MDB) disputará a prefeitura pela terceira vez. Ele preside o diretório municipal do partido. Seu principal ativo político é o apoio recebido do governador Helder Barbalho, também emedebista.

O Cidadania lançará o deputado estadual Thiago Araújo, o mais jovem candidato no pleito. Ele conta com o apoio do prefeito Zenaldo e do presidente da Câmara Municipal, Mauro Freitas (PSDB).

A título de curiosidade, o folclórico e polêmico ex-senador Mário Couto sairá pelo PRTB. Suas chances de êxito, no entanto, são remotas.

A disputa eleitoral em Belém será das mais interessantes entre as capitais. Não há um favorito absoluto, e um embate entre esquerda e centro-direita no segundo turno é bastante provável.

André Pereira César

Cientista Político

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